Aprendiz de feiticeira



Bruxas, é como chamam por aí. As insubordinadas, divergentes, antenadas. Sábias, ditas loucas… profundas, espiritualizadas. As perigosas segundo os fracos. Mulheres que lutam contra preconceitos, ignorância, machismo, opressão, violência, exploração. Mulheres que amam, sem medo de parecerem impuras, que se envolvem, que se entregam, que se rendem, que são verdadeiramente femininas. Mulheres que cuidam, dos próprios filhos, dos filhos de todos, das chagas de muitos, das milenares e desprezadas tradições originais, da fé, da natureza, dos conhecimentos intuitivos, marca que jamais deveria ser apagada. Mulheres que guardam em si, o poder da gestação, de nutrir, de guiar a vida. Mulheres que preservam as últimas chances do mundo sobreviver ao caos, os saberes simples das ervas, da compaixão, do respeito a toda Criação Divina. Sim…as guardiãs de tudo que é digno e eterno tão bem resolvidas que despertam amor e ódio. Mulheres que servem e vivem para se amparar umas às outras, totalmente descrentes da subcultura da competição. Mulheres que estudam, lêem, observam, questionam, argumentam, que se impõem. Mulheres que sofrem por não se ajoelhar ante à repressão dos sistemas. Mulheres fantásticas, surreais, feiticeiras, endiabradas. 

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